Ter lido o The Wealth and Poverty of Nations em português (Editora Campus) foi um grande erro. Não há necessidade de recorrer ao original para desqualificar a tradução de Álvaro Cabral; somos, então, levados a crer que, caso o fizéssemos, maiores surpresas (desagradáveis) seriam descobertas. Há passagens cujo significado preciso ignoro até hoje, como "Os bons e engenhosos trabalhadores eram a inveja de seus vizinhos (...)" (pp. 333), provavelmente querendo significar que os trabalhadores eram motivo de inveja para seus vizinhos. Há também falhas gramaticais, como a velha mania de aglutinar preposição e sujeito de oração: "Henry Ford deu prioridade às longas séries e persistiu no uso de tecnologicas muito depois delas já terem ficado obsoletas." (pp. 542), ou mesmo falta de concordância: "Escalonadas atrás dos líderes e seguidores - na acepção daqueles que os seguem na mesma velocidade ou estão prestes a eliminar o atraso - encontra-se a grande maioria dos povos do mundo." (pp. 554)
A escolha da palavra indígena para traduzir Indian (habitante da Índia) também é, no mínimo, duvidosa.
A escolha da palavra indígena para traduzir Indian (habitante da Índia) também é, no mínimo, duvidosa.
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